quinta-feira, 10 de outubro de 2013

Luta contra o Câncer de Mama - Ana Lúcia Figueiredo Liberati


Mulher,
O que falar de você que ao nascer trás em suas costas a necessidade de ser forte, guerreira e meiga.
O que falar da filha, que por muitas vezes para agradar, se tornam filhas singelas.
O que falar da esposa, que trabalha, trabalha e muitas vezes passam despercebidas pela correria de seus maridos.
O que falar da mãe que troca o dia pela noite, para cuidar do filho que chora, ou a espera do carro entrar na garagem.
O que falar de você que guarda o choro, se mantém forte e indiscutivelmente sempre bela em suas batalhas diárias.


 Ana Lúcia Figueiredo Liberati 53 anos, natural do estado de São Paulo. Em 2012 iniciou uma batalha com seu próprio corpo. Ao tomar banho geralmente seus movimentos são repetidos, mas aquele dia não foi. Ana estava usando um óleo corporal que ganhou de seu filho Thiago, e foi ai que realizou o exame do toque, o qual sentiu um caroço em sua mama esquerda. Apavorada não contou nada a ninguém e guardou a notícia para si, pois o casamento de seu filho estava próximo. Aquele nódulo apavorou-a intensamente a noite toda, mal dormiu e de tão nervosa lhe deu diarreia. Passado as festividades, Ana contou ao seu marido e filho que iria procurar um médico, pois havia descoberto um caroço em seu seio.
Nos exames o médico não acreditava que era um câncer, pois ele estava em forma de casulo sem ramificações. A biópsia foi encaminhada para Curitiba, e quando voltou a grande surpresa. O médico ligou na sua casa mais não havia ninguém, então resolveu chamar seu marido, e falou para ele que sua esposa estava com câncer. Quando Lúcia chegou em casa o esposo lhe deu a notícia, e naquele momento o chão se abriu, pois ela tinha fé que não seria nada.
“Eu fiquei sem chão por poucos dias. No principio até pensei em me entregar a doença, eu não queria sair, não queria ver ninguém, até que comecei a conversar com pessoas que passaram por essa doença e isso começou a me motivar, as pessoas que animar meu marido meu filho. Quando diagnosticado o câncer temos que realizar uma bateria de exames, o qual eu fiz todos, até o dia em que o médico me disse que teríamos que tirar a mama. Retirei a mama e um mês depois comecei as sessões de quimioterapia e tive muito apoio de tias, amigos que se doaram realmente e decidiram ficar do meu lado, por isso não senti que meu psicológico ficou abalado, nem quando meu cabelo começou a cair, pois ao perceber a queda decidi raspa-lo para evitar possível sofrimento”.
As sessões de quimioterapia foram iniciadas em janeiro, os quais foram realizadas quatro sessões que eram feitas a cada vinte e um dias. Ana ressalta o quando foi difícil esse momento. “Essa parte do tratamento foi a pior fase, pois passei muito mal com enjoos, vômitos, não comia nada, só tomava água de coco, sorvete, ai quando começava a comer, já estava prestes a voltar às sessões de “quimio”, e graças a Deus e a fé no fim de março o tratamento foi finalizado. Meu marido... Como é bom saber que posso contar com ele! Ele foi muito especial, muito importante. Ao diagnosticarem a doença ele tirou férias, para poder me acompanhar, fazia meus sucos, me dava remédio e não saiu nem um minuto do meu lado. Sua personalidade é de uma pessoa extrovertida, sempre animado. Quando ele notava que eu estava triste ele me alegrava, sendo muito importante para minha recuperação. O meu filho, foi mais complicado, eu percebia que ele estava baqueado, mas fui conversando com ele, e falando que estava me tratando, ele se animou e me apoio muito também.”
Mesmo não podendo demonstrar muito, Ana Lúcia tinha medo, e seu olhar meio que paralisado ao lembrar, mostra o quanto é duro realizar exames e esperar que o resultado seja negativo para essa doença. “Hoje já curada me sinto bem e feliz, voltei a trabalhar depois de seis meses do tratamento e me sinto grata, pois varias mulheres que estão passando por essa fase, estão vindo conversar comigo, e eu apoio e conto como são as fases do tratamento. Eu não deixo nada cor de rosa, acho que elas precisam saber realmente como é o tratamento. E hoje até penso em colocar uma prótese, coisa que antes não pensava.”


Vereadora Estela Camata


Ana e o marido José Horácio




Cidinha Pereira do programa Nós do Poder Rosa




Estagiaria de Jornalismo  Izabella Soldam

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